Feminicídio
Júri condena, 7 meses depois, autor de feminicídio a 30 anos de prisão
Em fevereiro deste ano, Joelma da Silva André, de 33 anos, foi morta a facadas na frente dos filhos pelo marido, Leonardo da Silva Lima, de 39 anos, no Núcleo Industrial, em Campo Grande (MS)
Em apenas 237 dias após o ocorrido, a 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande (MS) condenou, nesta terça-feira (30), um homem a 30 anos de prisão em regime fechado, sem direito a recorrer em liberdade, pelo crime de feminicídio. O réu era acusado de ter matado a esposa a facadas, na frente dos filhos do casal, em fevereiro deste ano.
A decisão de justiça, proferida pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, atendeu a uma denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) e qualificou o caso como feminicídio com base na violência e premeditação do crime, além das qualificadoras de motivo torpe.
Atualmente, além da reclusão em regime fechado por 30 anos, o réu deverá pagar uma indenização de dez salários mínimos aos filhos da vítima. Além disso, o magistrado também determinou a perda do do poder familiar do pai sobre os menores em razão dos traumas psicológicos sofridos pelas crianças.
O crime
Em fevereiro deste ano, Joelma da Silva André, de 33 anos, foi morta a facadas na frente dos filhos pelo marido, Leonardo da Silva Lima, de 39 anos, no Núcleo Industrial, em Campo Grande (MS)
Após matar a companheira, Leonardo fugiu, mas acabou preso posteriormente pela equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM).
Feminicídio
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SEJUSP), somente neste ano, 24 mulheres foram vítimas de feminicídio no Estado. Destas, 7 ocorrências foram registradas na capital, em Campo Grande e 17 em municípios do interior.
O número, apesar de ser menor, se assemelha aos dados de 2023 quando 31 foram vítimas de feminicídio.
Denúncia
Ligue 180: A Central de Atendimento à Mulher é um serviço gratuito e confidencial que funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, em todo o território nacional. Através desse número, é possível denunciar qualquer tipo de violência contra a mulher, receber orientações e ser encaminhada para os serviços especializados.
Créditos: Correio do Estado