De Norte a Sul do Brasil: relembre casos de OVNIs divulgados em 2024

De Norte a Sul do Brasil: relembre casos de OVNIs divulgados em 2024
Publicado em 17/12/2024 às 7:32

O Arquivo Nacional divulgou em 2024 uma série de relatos de avistamentos de objetos voadores não identificados (OVNIs) feitos por pilotos no Brasil ao Comando de Operações Espaciais da Aeronáutica.

Somente em 2023, cerca de 30 registros foram feitos pelos pilotos à Aeronáutica. A maioria dos registros foi no Sul do país, especialmente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

Em fevereiro de 2023, piloto de uma aeronave diz ter visto, durante a madrugada, uma luz nas cores vermelho e verde em formato circular do tamanho de uma “uma bola pequena a grande (variando)”. Ele indicou que o objeto voava “dez vezes mais rápido que um avião comercial“. O avistamento ocorreu em Navegantes, no litoral catarinense.

No dia 20 de abril, um piloto comunicou ter visto um OVNI parado, por volta das 21h30, quando já se aproximava para pouso no aeroporto de Porto Alegre (RS). Segundo informou, o objeto também aumentava e diminuía e apresentava cor branca/alaranjada.

Em abril, outro piloto de linha aérea que fazia a rota Brasília/Marabá (PA) disse que, perto da meia-noite, viu uma “luz amarela esbranquiçada, como se fosse um farol de pouso de avião, girando no sentido anti-horário”. O objeto “estava acima do seu nível de voo” –a 34 mil pés.

Veja alguns dos relatos:

A busca ao sistema virtual do Arquivo Nacional revela que quase 1.000 registros relacionados a OVNIs já foram feitos no Brasil. Isso não quer dizer que todos os casos sejam referentes a extraterrestres, podendo se tratar de drone, estrela, satélite, balão meteorológico ou fenômeno natural.

Avião da Gol fez “manobra evasiva” para evitar colisão

De acordo com os relatos disponibilizados pelo Arquivo Nacional, um avião da Gol precisou fazer uma “manobra evasiva” para evitar se colidir com um OVNI. O caso ocorreu por volta das 12h10 do dia 24 de janeiro de 2014 no Ceará. A aeronave fazia o voo 9109, que decolou de Brasília e foi até Fortaleza.

Segundo o documento, o piloto relatou ter visto um objeto grande, na cor branca, foi visto em velocidade “supersônica” próximo ao município de Quixadá (CE), a cerca de 170 quilômetros de Fortaleza. Conforme o reporte, o objeto voava em “ziguezague” de leste para o oeste e não deixou rastros.

Relato sobre ocorrência envolvendo voo da Gol e OVNI em 2014 no Ceará

Conforme reportado ao Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo 3 (Cenipa 3), de Recife, o avião da Gol estava em procedimento de descida ao aeroporto de Fortaleza, voando a uma altitude entre 33 mil e 35 mil pés (entre 10 mil e 10,6 mil metros), quando avistou o OVNI. “O GL09109 fez manobra evasiva para evitar colisão com o OVNI”, diz o documento.

O mesmo relatório cita que outros dois pilotos disseram ter visto o mesmo OVNI na mesma data. Um deles comandava o voo ONE6372, da extinta Avianca Brasil, de Guarulhos a Fortaleza.

Segundo o documento, o piloto da Avianca visualizou o objeto por volta das 12h15, na mesma faixa de altitude onde a tripulação da Gol havia feito o avistamento.

Um terceiro piloto, que voava entre Alagoas e Piauí, relatou ter visto o mesmo OVNI por volta de 12h53, quando estava a cerca de 10 mil pés de altitude (o equivalente a aproximadamente 3.200 metros). Assim como ocorreu com o jato da Gol, ele também precisou desviar do objeto.

“O mesmo [piloto] reportou que fez manobra evasiva para evitar colisão e que o objeto estava bastante veloz, passando aproximadamente 300 pés da aeronave. O piloto informou ainda que teve contato visual com o OVNI e que possuía cor branca.”

Piloto da TAM desviou de uma “estação espacial”

Em 2007, um piloto da extinta TAM Linhas Aéreas (atual Latam) reportou ao 4º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta IV) que, durante um voo no dia 1º de outubro daquele ano, precisou fazer uma “manobra evasiva” após a aeronave se aproximar de um OVNI que ele acreditava ser uma “estação espacial”.

Segundo relatado pelo piloto, a aeronave fazia o voo 8077, entre Manaus (AM) e Belém (PA). Perto das 6h45, quando o avião sobrevoava a cidade de Santarém (PA) a uma altitude de 39 mil pés (cerca de 11,9 mil metros), a tripulação avistou um objeto luminoso se deslocando de leste a oeste.

O comandante do voo relatou que fez uma “manobra evasiva à direita” após avistar o objeto emitindo uma luz forte. Segundo o piloto, a presença do OVNI era acusada no TCAS.

O TCAS é um equipamento que, na tradução para o português, se chama Sistema Anticolisão de Bordo. O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) explica que o TCAS é um “mostra ao piloto de um avião a posição relativa de outra aeronave voando nas proximidades, sempre que esta estiver com o transponder em funcionamento”.

Pilotos das extintas companhias TAM e Varig Log reportaram ter visto o mesmo OVNI em 2007

O mesmo objeto avistado no dia 1º de outubro de 2007 pelo piloto da TAM também foi visto, por volta de 7h12, pela tripulação da extinta Varig Log que fazia um voo entre Miami, nos Estados Unidos, e Manaus.

Em fevereiro de 2012, a tripulação do voo 3715 da TAM, que fazia a rota Belém-Brasília, informou ter avistado, por volta de 19h50, um “tráfego desconhecido” pelo TCAS da aeronave.

Piloto da TAM reportou que precisou fazer "manobra evasiva" para desviar de OVNI em 2012

“Noite dos OVNIs”

O Arquivo Nacional também divulgou áudios de um episódio conhecido como “Noite dos OVNIs”, que ocorreu em 1986.

Segundo o Ministério da Justiça, em 19 de maio daquele ano, 21 objetos foram identificados pelos radares do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta).

Clique aqui para ouvir os áudios.

Em uma das mensagens registradas, um piloto demostra espanto ao notar uma luz que, segundo ele, estava próxima da aeronave que comandava. “Estou vendo eles [sic]. Po***, tem um passando baixo, cara! Tá bonito! Olha, meu irmão. Pô, rapaz, ‘tô’ arrepiado, meu irmão.”

“Você ‘tá’ pegando aí, controle? Eles estão baixos. É por isso que você perdeu. Tem dois altos aqui no alinhamento da pista e tem mais uns dois ou três embaixo agora”, relatou. O piloto disse que os dois que estavam mais altos mudavam de cor frequentemente.

Documentos com relatos de pilotos do Brasil sobre OVNIs são revelados