Ambientalistas protestam contra petroleiras no Rio de Janeiro

Ambientalistas protestam contra petroleiras no Rio de Janeiro
Publicado em 23/09/2024 às 17:57

O uso de combustíveis fósseis foi tema de um protesto, nesta segunda-feira (23), no Boulevard Olímpico, Zona Portuária do Rio de Janeiro.

Promovido por entidades da sociedade civil, como WWF, Instituto de Energia e Meio Ambiente, Observatório do Clima e ClimaInfo, o objetivo foi chamar para as mudanças climáticas e a pauta da energia limpa.

O local da manifestação foi escolhido devido à realização de um congresso e uma feira de exposição do setor de gás natural, que reúne CEOs e representantes de grandes petroleiras.

Além disso, o movimento busca chamar a atenção da sociedade para o tema, aproveitando a realização da Semana do Clima, em Nova York.

Tica Minami, uma das organizadoras do evento, faz uma crítica severa ao modo como as petroleiras estão lidando com o cenário ambiental.

“As petroleiras, elas querem explorar mais petróleo, gás fóssil e carvão, enquanto todo o planeta vive eventos climáticos extremos cada vez mais intensos e frequentes. A gente está testemunhando tempestades incomuns na Europa, tufão na Ásia, e o segundo ano consecutivo de seca severa na Amazônia. As mudanças climáticas estão gerando consequências severas, no Brasil e no mundo, e as petroleiras parecem alheias a tudo isso”.

Ela também defende que o Brasil precisa de mais posicionamento diante do assunto, especialmente em relação à preservação da Amazônia.

“O que a gente precisa é de um acordo global de eliminação dos combustíveis fósseis. E o Brasil, se realmente quer mostrar que é uma liderança na agenda climática precisa dar o primeiro passo e declarar a Amazônia uma zona livre de petróleo e gás”.

O protesto levou ao Boulevard uma estrutura inflável gigante com a foto de executivos das petroleiras e a frase “Eles lucram, a gente sofre”.

Também foram espalhados cartazes em diversos bairros da cidade relacionando a emergência climática e a responsabilidade das grandes corporações do petróleo.

Os idealizadores da ação integram o Observatório do Clima, uma rede com 119 organizações e movimentos sociais.