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Minério e celulose podem ‘ressuscitar’ velha ferrovia

Retomada da linha férrea em MS poderá ser uma "mão na roda" para escoamento da produção sul-matogrossense e ainda aliviar o trânsito de caminhões.

Minério e celulose podem ‘ressuscitar’ velha ferrovia
Além de ser uma "mão na roda" para o escoamento da produção, malha também ajudaria a aliviar o número de caminhões que transitam pelas rodovias de MS - Correio do Estado/Rodolfo César
Publicado em 28/08/2024 às 12:28

Secretário especial do Programa de Parceria de Investimentos da Casa Civil da Presidência aponta que divisão da Malha Oeste ganha força com intensão de gigantes do setor

Demanda antiga da administração pública de Mato Grosso do Sul – e prioridade do governo federal desde o fim do ano passado – a “ressuscitação” da antiga Malha Oeste ganha um novo capítulo, já que, segundo o secretário especial do Programa de Parceria de Investimentos da Casa Civil, o interesse de duas gigantes dos setores de minério e celulose que visa dividir as ferrovias, pode retomar os investimentos. 

Reunião feita entre equipe do Governo do Estado com o Ministério dos Transportes – no fim do ano passado – já indicava os bons olhos para a situação, sendo que mais recente o secretário especial do PPI apontou para essa possível retomada, em entrevista à Agência Infra, após leilão de concessão de terminais portuários.

Após consulta pública para nova concessão, o projeto que previa o abandono de alguns trechos gerou divergências e levaram a um pedido de divisão da malha, sendo uma para atender às demandas que rumam ao Rio Paraguai e outra para transporte rumo à São Paulo, cita o secretário do PPI, Marcus Cavalcanti.

Como o projeto inicial previa até abandono do ramal que liga a ferrovia a Ponta Porã, e com a concessionária Rumo, que tinha intenções de devolver o trecho mostrando novo interesse em repactuar a operação e devolver outra parte, as divergências chamaram a atenção, principalmente, de dois empreendimentos gigantes de celulose em Mato Grosso do Sul. 

Suzano e Eldorado, ainda em 2021, diante da possibilidade de novas empresas passassem a operar trechos existentes de ferrovias, pediram autorização para construir trechos. A ideia dos gigantes da celulose, inclusive, é que ao passar o empreendimento para essas empresas, ambas pensem um projeto único. 

Malha Oeste

Antiga Noroeste do Brasil, a Malha Oeste conta com 1.923 km de ferrovia ligando Corumbá a Mairinque (SP), bem como Campo Grande a Ponta Porã e, como dito após reunião entre os Governos de MS e SP, a retomada da linha férrea necessitaria de investimentos entre cinco e seis bilhões de reais. 

Além de ser uma “mão na roda” para o escoamento da produção sul-mato-grossense, a revitalização da malha também ajudaria a aliviar o número de caminhões que transitam pelas rodovias de MS, que se vê extremamente dependente do modal rodoviário. 

Extensão da Ferrovia malha oeste em MS

Créditos: Correio do

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