Os mais de 360 mil moradores de Rio Branco, capital do Acre estão sofrendo com a alta concentração de partículas no ar por causa da fumaça dos incêndios florestais. Essa situação vem se repetindo nos últimos dias.

Nesta sexta-feira, a qualidade do ar na cidade está a quase 40 vezes a mais que os limites máximos de concentração recomendados pela Organização Mundial da Saúde. É a pior qualidade do ar entre as capitais brasileiras. As informações são do monitoramento feito pela Universidade do Estado do Amazonas e de uma plataforma suíça com informações sobre a qualidade do ar em tempo real em todo o mundo.

Além do Acre… a situação da qualidade do ar é parecida em vários pontos do sul do Estado do Amazonas, onde era considerada “péssima” na manhã desta sexta. Na capital, Manaus, a qualidade do ar era considerada “muito ruim”, ultrapassando em cerca de 6 vezes o limite recomendado pela OMS.

Por causa dessa situação, o reitor da Universidade Federal do Amazonas suspendeu as aulas e as atividades administrativas presenciais em todas as unidades do estado até este sábado (21).

De acordo com o último boletim do governo do Amazonas, desde abril, o Estado soma quase 20 mil focos de calor registrados, sendo que o Corpo de Bombeiros conseguiu atuar sobre mais de 16 mil incêndios nos últimos 4 meses. A maior parte, em áreas federais. Todos os 62 municípios amazonenses continuam em situação de emergência.

É importante reforçar que o aumento da fumaça no ambiente traz sérios riscos à saúde, especialmente para pessoas com doenças respiratórias, crianças e idosos. E que o mais aconselhado é usar a máscara facial, do tipo N95, a mesma da época da pandemia.