Venezuela diz ter detido estrangeiros armados envolvidos em “complô“
Venezuela afirmou ter apreendido 400 fuzis de fabricação americana e detido a estrangeiros, entre eles americanos, acusando o grupo de um suposto complô para “desestabilizar” o país, já envolvido numa crise desde as controversas eleições em julho.
O ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela, Diosdado Cabello, fez a declaração em uma coletiva de imprensa neste sábado (16). O ministro disse que, além dos americanos, foram detidos cidadãos espanhóis e um checo.
Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse que um membro do Exército americano foi detido na Venezuela, e garantiu que o departamento “não tinha informações confirmadas de outros dos cidadãos detidos” no país.
As detenções ocorreram depois que Cabello afirmou ter apreendido 400 fuzis dos EUA e preso cidadãos estrangeiros que, segundo eles, estão vinculados a planos para “desestabilizar” o país.
“Qualquer afirmação de implicação dos Estados Unidos em uma trama para derrubar o (líder venezuelano Nicolás) Maduro é categoricamente falsa”, acrescentou o porta-voz. “Os Estados Unidos seguem apoiando uma solução democrática para a crise política na Venezuela”.
O Departamento de Estado está buscando informações adicionais, disse o porta-voz.
A Venezuela hoje está lidando com os reflexos de suas eleições presidenciais em julho. O Conselho Eleitoral Nacional e a Justiça do país declararam Maduro vencedor, apesar de acusações sobre fraude eleitoral vindos da oposição e da comunidade internacional.
Na semana passada, González saiu da Venezuela com uma ordem de detenção sob acusações de terrorismo, conspiração e outros crimes.
Na quinta-feira (12) os EUA divulgaram uma nova rodada de sanções a funcionários venezuelanos afinados a Maduro por suposta obstrução das eleições. Os Estados Unidos também anunciaram que um avião venezuelano utilizado por Maduro para viagens internacionais foi apreendido na República Dominicana; Um segundo avião vinculado a Maduro está sob vigilância 24 horas pelas autoridades da República Dominicana, disse à CNN uma fonte com conhecimento do assunto.
Enquanto isso, na Venezuela, o governo de Maduro tomou medidas enérgicas contra a dissidência e a repressão mais dura em anos, segundo a Human Rights Watch. Os protestos foram ferozmente reprimidos, cerca de 2.400 pessoas foram detidas e muitas outras continuam fazendo barulho no país.
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